Prefeito Marcus Viana está entre os quatro prefeitos de capitais campeões de popularidade
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Destaque
O ranking
Ibope dos prefeitos das capitais analisado aqui em primeira mão mostra
que os quatro primeiros colocados se reelegeriam no primeiro turno se a
votação fosse hoje. Dos 20 candidatos à reeleição nos centros do poder
de cada Estado, eles são os únicos franco favoritos. Suas gestões são
aprovadas pela imensa maioria da população, são rejeitados no máximo por
um quarto e estão muito mais presentes na cabeça do eleitor.
Os campeões de popularidade são, pela ordem, Teresa Surita (PMDB –
Boa Vista), ACM Neto (DEM – Salvador), Marcus Alexandre (PT – Rio
Branco) e Luciano Cartaxo (PSD – João Pessoa). De seu desempenho
depreende-se que quem tem saldo de popularidade acima de 30 pontos tem
também intenção de voto acima de 50%. Não basta ter taxa de ótimo/bom
alta: a de ruim/péssimo tem que ser baixa.
Em comum, sua intenção de voto espontânea é superior a 30%. Significa
que praticamente um terço ou mais dos eleitores tem seu nome na ponta
da língua e responde que votaria nele antes de mesmo ser apresentado à
lista de candidatos pelo pesquisador.
Ao mesmo tempo, a taxa de rejeição múltipla (quando o eleitor é
estimulado a citar mais de um candidato em quem não votaria de jeito
nenhum) dos super populares não passa de 25%. Por causa ou consequência,
quando se dá ao eleitor apenas duas possibilidades de avaliação (sem
chance de se optar pelo “muro” do “regular”), dois terços ou mais dizem
que aprovam sua administração. Esses prefeitos convertem 4 de 5
aprovações em intenção de voto.
Com 41% de ótimo/bom e apenas 11% de ruim/péssimo, o prefeito de
Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), teria potencial para estar nesse grupo, mas
desistiu de reeleger-se e perdeu influência.
O segundo grupo de candidatos à reeleição vem a seguir no ranking.
São prefeitos com taxa de ótimo/bom maior do que a de ruim/péssimo, mas
que não chegam aos 30 pontos de saldo. Eles também lideram as pesquisas
de intenção de voto do Ibope em suas cidades, mas muito provavelmente
teriam que disputar o segundo turno se a eleição fosse hoje. São
favoritos, mas dependem de uma boa campanha e de não cometer erros
graves.
Os quatro são Carlos Eduardo Alves (PDT – Natal), Firmino Filho (PSDB
– Teresina), Arthur Virgilio Neto (PSDB – Manaus) e Roberto Claudio
(PDT – Fortaleza). Os dois primeiros aparecem com mais de 50% dos votos
válidos, mas a taxa de branco e nulo também é alta e muita coisa deve
mudar até o dia da eleição.
O terceiro grupo é heterogêneo. Tem sete candidatos com saldo
ligeiramente positivo ou negativo. São líderes por pequena margem, ou
dividem a liderança da intenção de voto ou estão em segundo lugar. São
os casos de Rui Palmeira (PSDB – Maceió), Geraldo Júlio (PSB – Recife) e
Gustavo Fruet (PDT – Curitiba). Devem ir ao segundo turno, mas a
disputa é apertada.
O quatro grupo é formado por cinco candidatos à reeleição cuja taxa
de desaprovação é maior que a de aprovação. Embora alguns até apareçam
em segundo lugar na intenção de voto, têm alta rejeição. Mesmo que
cheguem ao segundo turno, terão que enfrentar adversários que são
rejeitados por menos eleitores. São os casos de João Alves Filho (DEM –
Aracajú), Zenaldo Coutinho (PSDB – Belém) e Alcides Bernal (PP – Campo
Grande).
De todos os prefeitos de capitais candidatos à reeleição, a situação
mais difícil é a de Fernando Haddad (PT – São Paulo). Tem a menor taxa
de aprovação (19%), o pior saldo de avaliação (-44 pontos) e a menor
intenção de voto: 9%. Não está só entre os governantes das metrópoles
brasileiras, porém.
A maldição do segundo mandato se abateu sobre os prefeitos das
maiores capitais. Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Márcio Lacerda (Belo
Horizonte) e José Fortunati (Porto Alegre) têm saldo negativo e
dificuldades para emplacar seus sucessores.